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BOLSOS CHEIOS, CABEÇA VAZIA
14/09/17
Durante boa parte do tempo, a fugacidade da vida não me meteu medo.
Por alguma razão, me julgava 'a salvo'. Talvez por carregar bolsos cheios de ego e cabeça vazia de maturidade, me mantive imune a ela.
Vivi como se não houvesse amanhã, nem depois de amanhã, nem depois. Não no sentido de cometer excessos, mas no sentido exclusivo de inconsciência da existência, ou da ignorância de minha própria inconsciência.
Somente quando fui 'convidada' pela vida, a testemunhar a vitalidade de meus pais ser sugada deles, a descerem ladeira abaixo, de forma vertiginosa ... eu me apercebi, de que também trafego por essa mesma ladeira ... não no mesmo trecho, mas estou em algum ponto um pouco mais acima, um pouco menos íngreme, descendo não tão veloz ... mas sem dúvida eu caminho pela mesma pirambeira!
arte | mila marquis
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