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VOO DE LIBERDADE
07/09/17
As palavras que eu não proferi
gritam aos meus ouvidos
- ao seu juiz e carcereiro -
nesta prisão à prova de som.
Elas querem liberdade
vociferam legitimidade
alegam inocência!
O barulho é infernal
pleiteiam banho de sol
sacodem e batem suas canecas
nas grades nas celas
em que as confinei!
Precisam falar
querem ser ouvidas
ao menos uma vez
- uma possibilidade –
de revogarem a pena
a que eu as condenei!
Todos têm direito a um julgamento
- e nenhum é tão justo -
elas estão vivas e convencidas
de que merecem ser livres
que podem abrir asas
e voar!
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