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ADIANTE E ACIMA 

15/09/19

Eu subi a escada íngreme e rústica.  Galguei um por um, seus degraus irregulares e mal feitos, em condições às vezes, desconsertantes.

Ao chegar no topo, não houve medalha, tampouco comemoração ou pódio.  Atingi um pequeno planalto, de onde posso ver os demais lances de degraus, escalados por mim, e dos quais tinha me esquecido.

Enquanto eu descanso, entre uma centena de degraus e outra, considero como é perigoso subir e  tanto quanto descê-los, também oferece risco.  Uma queda na subida, significa machucar os joelhos, as mãos, o rosto; porém, se deixar cair aos degraus mais baixos, faz um bom estrago e causa uma grande perda de tempo, pois será preciso subi-los novamente.  Se subir já é custoso, muito mais o será, subir com algum ferimento!

Cada ser tem a sua escada; longe da modorra de querer ficar em algum degrau menos desagradável, sem tanto esforço, é ilusório; porque nossos olhos sempre almejam adiante e acima.