sexta-feira, 31 de março de 2017


PSI ________________________________________________


A Inteligência é afrodisíaca




O termo “afrodisíaco” remonta à deusa grega Afrodite, divindade atrelada ao amor como um todo, sendo atribuído a quaisquer substâncias tidas como estimulantes sexuais. Não existe comprovação científica de que haja relação entre o consumo delas e o aumento do apetite sexual, porém, o termo já se incorporou ao vocabulário popular, uma vez que é usado para caracterizar alimentos, produtos e características pessoais que incitam a libido das pessoas.

Não dá para explicar direito o que nos atrai, o que realmente nas pessoas nos chama a atenção, mexendo conosco, com nossas emoções. Após termos uma certa convivência com alguém, muitas vezes acabamos sentindo algo a mais, sendo atraídos para além de mera amizade. Outras vezes, já na primeira vez que conversamos com uma pessoa, nós nos sentimos atraídos, sem conseguirmos explicar o motivo de fato.

Embora também possamos ser atraídos apenas visualmente, só de ver alguém que nos chame a atenção, mesmo de longe, ainda que nem tenhamos ouvido a sua voz, os sentimentos mais intensos, que nos embaralharão os sentidos, ocorrerão quando estivermos diante de alguém com quem possuímos certa convivência. Mesmo que apenas nos esbarremos com a pessoa pelos corredores da empresa e conversemos futilidades, a atração não se explica racionalmente.
Sem que precisemos recorrer a dados de pesquisa ou a argumentos científicos, certo é que a inteligência é um poderoso afrodisíaco, ou seja, pessoas inteligentes, intelectuais, escritores, acabam por se tornar atraentes para muitas pessoas. Alguém que transmita sabedoria e cultura, ainda que não possua atributos físicos, irá atrair muitos olhares, irá derreter corações por onde passar, simplesmente porque conteúdo não acaba, conhecimento ninguém nos tira – conhecimento atiça a libido.
Assim, a inteligência se nos apresenta como uma força inerente, que não envelhece, como se fosse algo que vem junto com a pessoa e ali ficará para sempre.
É algo líquido e certo, pois transmite segurança, proteção e, portanto, atrai. Pessoas inteligentes conseguem buscar soluções, resolver problemas, rir de si mesmas, o que faz toda a diferença em qualquer tipo de relacionamento. Pessoas inteligentes assim permanecem com a passagem do tempo, que não lhes rouba o que possuem de mais precioso.
Enfim, a inteligência é algo com o que sabemos que poderemos contar, sem data de validade, algo permanente e imutável, algo que somente se amplia. E apenas quem é inteligente o bastante se coloca no lugar do outro, entendendo o que o compromisso afetivo requer, o que fere o semelhante, o que alimenta o amor verdadeiramente compartilhado, para além dos lençóis e das aparências vãs. 






PSI ________________________________________________


Semelhante atrai semelhante







Você pode se afastar de uma relação indesejável. A lei da atração pode empurrar esse amigo, colega, familiar ou cônjuge para fora da sua vida. Mas, esta ação vai depender unicamente de você.
Duas pessoas mantêm uma intimidade devido à frequência vibracional que ambas estão emitindo uma para a outra. Quando você muda a sua vibração, a frequência do outro é desalinhada em direção ao seu ser. Quando você muda, você adentra uma realidade nova. O mesmo acorre com a atração no amor. Se você quer encontrar um parceiro (a) digno de seus ideais, deve emitir a exata freqüência deste ideal amoroso. Atrair ou repelir relações consiste no mesmo processo de uma lei física administrada pela energia do seu ser. Você muda internamente através da intimidade de seus pensamentos, sentimentos e crenças e tudo a sua volta começa a percorrer um caminho dinâmico de mudanças.
O pensamento emite um sinal elétrico que se agrupa a outros sinais elétricos semelhantes no universo para formarem um padrão de crenças e consciência.  A afirmação é uma maneira de direcionar a sua vida. Quando você emite uma vontade para si mesmo, está dando um comando que incentiva o universo a girar em torno da sua verdade. A emoção é a força luminosa e magnética que age como um redemoinho de vibrações que vai aglomerando outras vibrações com sinais semelhantes em todo o universo.  A imaginação é a maneira de coordenar os detalhes da sua nova realidade. O universo precisa do seu incentivo visual para absorver o que você quer e originar a sua criação. Todos os aspectos físicos de si mesmo e da sua vida são o resultado de um grande foco emocional colocado em movimento através dos sinais que a sua consciência emite.
Através destes mecanismos que acontecem no seu mundo interior e que atingem uma força muito mais poderosa do que qualquer ação é que você começa a mudar a estrutura física da sua vida. Qualquer ação sem base em sua força criativa é fruto de algum desespero, portanto, ela será sempre improdutiva. Contudo, quando agimos em função de uma consciência em crescimento, amparada por crenças que movem a vida na direção positiva, então seremos criativos. Quando agimos criativamente temos o respaldo bem aventurado do universo em qualquer direção.
O tratamento que você recebe das pessoas e da vida é o mesmo tratamento que você vem dando a si mesmo e que acha que merece. E a maneira como nos tratamos é a mesma maneira que tratamos os outros. A vida é feita de vibrações, a energia que emitimos coloca a matéria e os acontecimentos em movimento. A vida acontece de acordo com os seus sinais vibráteis.
Tudo o que você acredita é verdade e os eventos refletem isso a cada momento em sua vida. É a vontade de nossas escolhas que fará com que entremos no rumo perpendicular ao ideal de relacionamento que desejamos ter. Peças e engrenagens se encaixarão naturalmente, pessoas e acontecimentos tomarão um rumo próprio fora e dentro do nosso campo de experiência. Somos espelhos para o mundo e tudo o que vemos no outro está densamente agregado a nós. Quando você olha ao seu redor, tudo o que vê é uma expressão de si mesmo. Portanto, o nosso ser deve emitir uma energia igual àquela energia que escolhemos atrair.
Por isso, muitas vezes, nos tornamos parecidos com nossos parceiros, até mesmo, antes do encontro real. Você deseja um tipo de mulher ou homem e começa a entrar numa esfera de igualdade com o reflexo do seu ideal. Para atrairmos uma relação desejada devemos ser, sentir, crer e construir qualidades semelhantes aquele tipo de parceiro.
Nenhuma pessoa ou acontecimento está na sua vida por acaso,
a realidade segue os sinais eletromagnéticos que você está emitindo.
Por quem você se sente atraído? A resposta fará você descobrir que as qualidades de um parceiro são as mesmas que você vem alimentando em si mesmo, porém de forma mais acentuada ou mais suavizada. E por quem você sente antipatia? A resposta fará você perceber que a raiz da sua repulsa repousa em qualidades que estão latentes em você, porém, são característica que você nega, por vergonha ou por qualquer outro motivo. Repulsa e atração são forças movedoras da realidade. Experimente passar um tempo apenas pensando nas coisas que você se sente atraído. Esqueça aquelas antipatias que causam uma luta constante em seu íntimo. Sinta apenas o frescor daquilo que você admira em si mesmo e admira no outro. Pense e focalize apenas os atributos pelos quais você se sente atraído. O parceiro ideal estará à sua procura, movido por uma força originada pela lei da atração da intenção pura. Uma intenção pura exigirá que você largue seus ressentimentos e antipatias de lado e concentre-se apenas naquilo que você está escolhendo para a sua vida. Essa é a forma mais inteligente de atrair o relacionamento perfeito e se tornar o ideal para o outro.




POEMA - Queda Prohibido (Alfredo Cuervo Barrero)
- Por Ricardo Darin.mp4









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Cientistas podem ter descoberto a causa genética da fobia social




Em pesquisa a ser publicada no periódico Psychiatric Genetics, médicos alemães podem ter chegado mais perto de descobrir a causa genética do Transtorno de Ansiedade Social (TAS), também chamado de fobia social.
Os pesquisadores acreditam que a causa esteja ligada a um gene envolvido com o transporte de serotonina no cérebro, hormônio responsável por controlar várias funções corporais, como o sono e o apetite, assim como a supressão de sentimentos ruins, por exemplo o medo e a tristeza.
Para fazer a análise, os cientistas examinaram o genoma de 321 pacientes com TAS em comparação com 804 outras pessoas saudáveis. Eles estavam a procura dos chamados polimorfismos de nucleotídeos únicos ou, como são chamados pela sigla em inglês, SNPs. Estas são diferenciações únicas que afetam os pares de base da sequência do DNA.
Os SNPs são a causa mais comum para as variações genéticas, mesmo sendo difícies de identificar, já que existem aproximadamente três bilhões de pares de base no DNA humano e aproximadamente dez milhões de SNPs em cada ser humano.
Com os avanços recentes, porém, a tecnologia permitiu uma maior acuidade no mapeamento de genomas por um preço mais baixo. Isso permitiu aos médicos descobrirem que um SNP em específico estava relacionado aos pacientes com fobia social. Essa variação afeta um gene justamente ligado à transmissão de serotonina.
Apesar do estudo ser um dos maiores sobre o transtorno até agora, reforçando o papel da serotonina nele, ainda há muito a ser feito. Os estudiosos estão a procura de mais pacientes para chegar a um resultado conclusivo de relação genética. Eles acreditam que um dia poderão diagnosticar pessoas apenas pela análise do genoma.

A madrugada pertence aos apaixonados, aos sonhadores e aos leitores:










A madrugada pertence aos apaixonados, aos sonhadores e aos leitores:: Na madrugada nossos pensamentos voam como telegramas em busca de destinatários. Nessa linha mágica entre a noite e o dia onde habitam os leitores inveterad








  ____________________________ PONTOS INTERESSANTES DO ARTIGO




Na madrugada nossos pensamentos voam como telegramas em busca de destinatários.
... é um cenário especialmente evocador para o cérebro...
“Os capítulos da madrugada derivam do seu rascunho ao nascer do dia.” -Gonzalo Santoja-
Sabemos que o ser humano rege seus ciclos biológicos através do ritmo circadiano. Somos sincronizados por essa pequena e fascinante estrutura chamada glândula pineal que, ao ser estimulada pela luz ou inibida pela escuridão, propicia a produção de melatonina para orquestrar nossos ciclos de sono e de vigília. A sua participação na entrada e a permanência nestes estados é bastante conhecida; contudo, também abre a porta a outros processos igualmente interessantes, mas menos conhecidos que o de vigília-sono...
Porque nessas horas em que a cidade se apaga, as emoções se acendem com mais intensidade...
Vivemos constantemente atentos aos relógios que regem nossos tempos de trabalho, alimentação e ócio. Mas esses horários aceitos em nossa sociedade nem sempre atendem às nossas necessidades...
 “A noite é a metade da vida, e a melhor metade.”-Goethe-
Neurocientistas como Paul Kelly, pesquisador do Instituto do Sono e Neurociência Circadiana da Universidade de Oxford, explicam que tanto o mundo profissional quanto o educacional pouco consideram os ritmos circadianos. Segundo ele, todos estes efeitos estão fazendo com que nos transformemos em “uma sociedade cansada”...
Vivemos uma modernidade onde se valoriza mais “estar presente” do que a eficácia ...
Dizem que a madrugada é o lar dos sonhadores, esse momento em que as estrelas cochicham entre si e onde alguns têm o dom de poder ouvi-las ...
De noite o cérebro funciona em outro ritmo
O córtex cerebral é a área onde se concentram uma série de zonas responsáveis por tarefas como a atenção, planejamento, a memória de trabalho ou as recompensas...
 se abrem os limiares desses cantos fascinantes como é o caso da imaginação, da emoção, da introspecção ou da reflexão...
A inspiração floresce, as emoções se afinam ...
A mente se esvazia e os pensamentos fluem em outro ritmo ...




RE_EDIÇÃO ____________________ MEIA RIMA










Meia rima

31/03/16

  
Não  procures  por  uma  flor
... nem caule
... nem raiz!

Procures  por  um  'dessabor'
ou  tanto  faz ... um 'dissabor'
pelo resultado  de  uma  fraude
e  encontrarás  uma  cicatriz!




APENAS UM  ___________________________________ 421



Apenas um
A ti confiei a chave do portão do meu jardim. Onde guardava os tesouros que já trazia comigo, antes de ti ... aos quais deveriam se juntar, os que trarias contigo.
Vieste brincar nele, com livre acesso.  A brisa primaveril beijou-te o rosto, enquanto corrias por entre os arbustos.  Qualquer frescor e  virtude havidos nessa estação, conheceste e provaste deles. Foram promessas em palavras doces e gestos delicados. Apenas revolveste a terra, fingindo semear.
Viveste nele, as folias de verão, de rostos afogueados e vestes encharcadas de cumplicidades nas reinações. Com suas explosões de ânimos alterados pelo calor. Nessa época vieram as grandes chuvas arrasadoras do solo,  depois dos grandes raios e trovões amedrontadores.
Assististe o descolorir da folhagem, ao cair de cada uma das folhas, desde a primeira até a última ... indicando que era hora de mudança de mais uma estação.  Foi nessa hora que pensei que não deveria ter mais nada a provar, que o jardim era nosso, e que estaríamos seguros dentro dele, por termos atingido a maturidade. Foi um ledo engano meu, descuidoso e desinformado ...  pois perdeste a alegria de nele permanecer, por estar sem cor, mas nem por isso fizeste algo para fazê-lo reviver.
Então o inverno chegou e não temos lenha pra jogar ao fogo, não é possível sobrevivermos às intempéries e ao rigor com que o frio irá nos supliciar.  Virão os ventos fortes e gélidos, águas escuras caídas de um céu escuro e triste. 
Eu olho o meu jardim, e vejo um único cravo semeado, lindo, perfumado -  perfeito – lutando pela sobrevivência, mal se mantendo ereto, envolto em arbustos secos e retorcidos, descoloridos pela sede, os mesmos que vimos crescer e não exterminamos.

É uma triste visão, do que um dia foi um recanto verdejante e promissor. Choro pelo cravo, pela sua importância, pela sua beleza e sobretudo choro por mim.


quinta-feira, 30 de março de 2017


RAFAELA DE MADRI ___________________________________ 420






“Rafaela, de Madri”


Havia chegado apenas com minha carcaça. A mente estava em outro lugar, quem sabe na ‘nuvem’(?) ou em trânsito, junto com meus dados móveis!   Estava olhando as últimas notícias, das quais não podia prescindir – os conhecimentos e informações desnecessários, que até agora vivi sem e que não me fizeram a menor falta – mas hoje, não dispenso.  

Nem os barulhos, nem os movimentos me faziam acordar pro que acontecia à minha volta.  Foi preciso, um par daqueles tênis infantis passar por mim, atingindo minha visão periférica,  com as suas luzes ‘natalinas’ fora do natal, pra que eu me apercebesse de onde estava.  

Eu sabia que a minha mente chegaria em algum momento, e ela chegou. Deixei o celular de lado – a pequena tela nas minhas mãos – pra ficar de olho numa tela maior, um painel que chamava os números das senhas de atendimento.

Aguardava paciente e entediada, como tantas outras pessoas, passava de uma cadeira à outra, na expectativa de me chamarem - a mim ou à minha senha, numa espera que prometia ser longa.  No meu caso, mais longa que dos demais, porque se tratava de um 'encaixe’ - só possível se houvesse disponibilidade e boa vontade de todas as pessoas pelas quais eu passasse até o atendimento médico enfim acontecer.

Tinha deixado meu livro em casa, não pude ler; queria escrever, não achei uma caneta na bolsa, apenas papel, não pude escrever na hora - o que só agora consegui. Usei o celular até a bateria esgoelar.

Fiquei observando a arquitetura do prédio, olhei pras paredes, percebi uma coluna um pouco diferente, arredondada, talvez metálica, de textura também diferente e imaginei que pudesse ser uma construção pré-fabricada.  Pude reparar que as tubulações eram aparentes, o que reforçou ainda mais a minha tese de ser uma construção pré-fabricada.

Mas o tempo, só passou rápido mesmo, quando eu engatei uma conversa com uma senhora que estava ao meu lado.  Aproveitei uma rápida exclamação dela pra entabular nossa conversa.  De início, bem genérica, sobre os atendimentos e suas reclamações de abusos que cometem com os idosos. 

Com o tempo - e isso, nós tínhamos muito - a conversa foi se tornando mais pessoal e íntima. Ao final - o que conhecíamos uma da outra, era o suficiente pra que eu passasse a admirá-la como ser humano. 

Mãe de três filhos, aos quais tinha criado sozinha, depois do abandono do marido. Tinha trabalhado de dia numa metalúrgica, à noite lavava roupa ‘pra fora’ e de fins de semana fazia faxina, em casas de família, pra ganhar um pouquinho mais.  Assim é que tinha conseguido educar aos três filhos, hoje adultos com seus próprios filhos e netos - seus netos e bisnetos.

Gosto de conversar com as pessoas que me permitem essa troca, de fatos e experiências.  Posso garantir que a nossa, foi grande.  Acredito que tenha sido boa pra ela também porque no final ela me disse ter tido prazer em conversar comigo, perguntou o meu nome, eu lhe disse, e eu perguntei : - "E o seu?" ... ao que ela respondeu: - “Rafaela ... é, meu nome veio lá de Madri, da minha abuela”.


A minha vez chegou, minha senha era 26, a dela 28, nos despedimos.  

Fui atendida, felizmente, havia como tratar com medicamentos,  os sinais e sintomas físicos – os efeitos do mal que me levou até lá – mas a causa ou as causas, permaneceriam sem remédio - porque ainda não inventaram um.



quarta-feira, 29 de março de 2017


O Poder do Silêncio – Augusto Cury




Pensar antes de reagir é uma das ferramentas mais nobres do ser humano nas relações interpessoais.
Nos primeiros trinta segundos de tensão, cometemos os maiores erros de nossas vidas, falamos palavras e temos gestos diante das pessoas que amamos que jamais deveríamos expressar.
Nesse rápido intervalo de tempo, somos controlados pelas zonas de conflitos, impedindo o acesso de informações que nos subsidiariam a serenidade, a coerência intelectual, o raciocínio crítico.
Um médico pode ser muito paciente com as queixas de seus pacientes, mas muitíssimo impaciente com as reclamações de seus filhos.
Pensa antes de reagir diante de estranhos, mas não diante de quem ama.
Não sabe fazer a oração dos sábios, nos focos de tensão, o silêncio.
Se vivermos debaixo da ditadura da resposta, da necessidade compulsiva de reagir quando pressionados, cometeremos erros, alguns muito graves.
Só o silêncio preserva a sabedoria quando somos ameaçados, criticados, injustiçados.
Cada vez as pessoas estão perdendo o prazer de silenciar, de se interiorizar, refletir, meditar.
O dito popular de contar até dez antes de reagir é imaturo, não funciona.
O silêncio não é se aguentar para não explodir, o silêncio é o respeito pela própria inteligência.
Quem faz a oração dos sábios não é escravo do binômio do bateu-levou.
Quem bate no peito e diz que não leva desaforo pra casa, não pensa nas consequências de seus atos.
Quem se orgulha de vomitar para fora tudo que pensa, machuca quem mais deveria ser amado, não conhece a linguagem do auto controle.
Decepções fazem parte do cardápio das melhores relações.

Nesse cardápio precisamos do tempero do silêncio para preparar o molho da tolerância.
Para conviver com máquinas não precisamos de silêncio nem da tolerância, mas com seres humanos elas são fundamentais.
Ambos são frutos nobres da arte de pensar antes de reagir. Preserva a saúde psíquica, a consciência, a tranquilidade.
O silêncio e a tolerância são o vinho dos fortes, a reação impulsiva é a embriaguez dos fracos.
O silêncio e a tolerância são as armas de quem pensa, a reação instintiva é a arma de quem não pensa.
É muito melhor ser lento no pensar do que rápido em machucar, é preferível conviver com uma pessoa simples, sem cultura acadêmica, mas tolerante, do que com um ser humano de ilibada cultura saturada de radicalismo, egocentrismo, estrelismo.
Sabedoria e tolerância não se aprendem nos bancos de uma escola, mas no traçado da existência.
Ninguém é digno de maturidade se não usar suas incoerências para produzi-la.
Todo ser humano passa por turbulências na vida. Para alguns falta o pão na mesa; a outros a alegria na alma. Uns lutam para sobreviver, outros são ricos e abastados, mas mendigam o pão da tranquilidade e da felicidade.
Os milionários quiseram comprar a felicidade com seu dinheiro, os políticos quiseram conquistá-la com seu poder, as celebridades quiseram seduzi-la com sua fama, mas ela não se deixou achar.
Balbuciando aos ouvidos de todos, disse: “…Eu me escondo nas coisas simples e anônimas…”.
Todos fecham os seus olhos quando morrem, mas nem todos enxergam quando estão vivos.
Augusto Cury, em “Código da Inteligência”


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A criação com amor nunca formará crianças malcriadas







Há quem continue pensando que abraçar muito os filhos, demonstrar-lhes afeto e carinho contínuos formará crianças malcriadas. Que faremos deles pequenos tiranos ingovernáveis.
Talvez por isso ainda escutemos frases como “é melhor se despegar o quanto antes delas”, ou que atendê-las de noite quando choram é um erro, e que é melhor deixar que se acalmem sozinhas. Temos que ir com muito cuidado diante destas crenças populares, que às vezes não costumam ter muita sabedoria.

O amor que se oferece com sabedoria, plenitude, liberdade e inteligência, nunca formará crianças malcriadas. Porque educar com emoção é educar através da alegria, e não do medo.

O maior causador da “malcriação” de uma criança está na verdade na falta de atenção, na despreocupação ou inclusive na comodidade. Em recorrer por exemplo a oferecer o nosso telefone celular a uma criança de 2 anos para que se acalme, e esteja entretida um pouco enquanto nos ocupamos de outras coisas. Oferecer atenção, carinho e amor aos nossos filhos jamais fará com que fiquem malcriados.

A criação através da inteligência emocional

Todos temos claro também que existem crianças exigentes que demonstram um alto nível de demanda. Querem atenção, reconhecimento, palavras e brincam de desafiar os nossos limites constantemente. Acreditemos ou não, o carinho continuará sendo a nossa ferramenta chave. Empregaremos um carinho inteligente.
O carinho sábio que sabe reconhecer a criança quando acerta, que impõe limites e que faz uso da orientação positiva nos seus erros, consegue educar uma pessoa mais segura de si, com menos frustração e maior autoestima.

Sabemos que educar não é fácil. Que cada criança tem um conjunto de necessidades e que os mesmos conselhos não servem nem sequer para dois irmãos.

Não formar crianças malcriadas depende de oferecer uma “atenção de qualidade e inteligente”. Por isso, é necessário levar em conta estes pontos:

Sim ao apego seguro e coerente

As crianças, em especial nos primeiros anos, necessitam de um apego com os seus pais para desenvolverem um vínculo seguro com esse primeiro contexto social que é a família.
Um apego seguro implica que sempre vamos reagir igual. Um bebê, quando chora, necessita ser atendido, uma criança quando faz uma pergunta espera ser respondida.
Se não atendemos, se não respondemos às suas perguntas, a criança tentará chamar a nossa atenção de mil maneiras possíveis. Os nossos filhos precisam de hábitos coerentes, e de um apego firme e construtivo onde se sintam seguros para descobrir o mundo. Dia após dia, irão avançando com maior independência.

Evite cair na estratégia mais fácil

Amar alguém é se preocupar com esse alguém, neste caso, os nossos filhos. E preocupar-nos e investir tempo nos nossos filhos jamais fará com que fiquem malcriados.
  • Existem pais e mães que, para poupar tempo e evitar lágrimas ou birras, preferem “a saída mais fácil”: ceder.
  • Se o meu filho chora porque não lhe dei leite no copo do seu irmão mais velho, acabo tirando o copo de um para dar ao outro. E de fato, pode ser que acabe antes e terminem as lágrimas, mas o que estarei fazendo, efetivamente, é ceder: “malcriar”.
  • Visto que os amamos, precisamos ensinar-lhes a lidar com essas emoções. Que nem sempre pode-se conseguir o que se deseja, e que a raiva, as lágrimas, nem sempre são caminhos para conseguir os nosso objetivos.
  • Nós lhes diremos que não, e pode ser que hoje chorem, também amanhã e depois. Mas seremos firmes e seguiremos educando a sua resistência à frustração até que, no final, entendam.


Não faça uso da chantagem emocional, use a inteligência emocional

“Você vai me matar de desgosto”, “Comporte-se porque senão vou parar de amá-lo”, “Se fizer isto todas as crianças vão rir de você”. Este tipo de chantagem emocional é uma péssima estratégia.
  • Lembre-se sempre de que a palavra tem poder, e as crianças entendem muito mais do que pensamos.
  • Evite a chantagem emocional ou daremos ao mundo, no futuro, hábeis chantagistas que farão os outros infelizes.
  • Toda norma se argumenta, toda obrigação ou castigo deve ser explicada para que a criança a entenda.
  • Atenda a suas emoções e tente fazer com que essa raiva, esse medo ou tristeza, se traduzam sempre em palavras.


Dedicar-lhes tempo, olhar para eles e na altura deles quando falam com você, e fazer com que cada uma de suas palavras seja a mais importante para você, jamais criará crianças malcriadas.

Dar-lhes reconhecimento e autonomia no dia a dia também não formará crianças malcriadas

Quando lhes oferecemos uma responsabilidade e lhes damos um pouco mais de liberdade, não estamos malcriando-os. Nós lhes ajudamos a crescer e assumir novos papéis, novos desafios.
  • O apego nos primeiros anos de criação oferece segurança à criança para crescer e descobrir o mundo pelas nossas mãos.
  • Dia após dia, essa mão irá se retirando pouco a pouco para guiá-los mais com a palavra, com o olhar sincero, com o abraço de quem sabe oferecer reconhecimento, amor e ânimo quando necessário.

Ajudar uma criança a crescer é dar a ela o exemplo todo dia, é oferecer tempo de qualidade e um amor sábio e pleno que não entende de chantagens, que busca educar crianças felizes para dar ao mundo adultos capazes, livres e maduros no futuro.