Nunca nadei pelos ares!
Me arrependo, de não beijar:
a boca que tanto quis e seus belos olhos azuis!
Descartei a mera possibilidade de gostar!
Descartei a mera possibilidade de gostar!
Pra não perder a dignidade, fiquei só na vontade
... neguei a legitimidade!
... neguei a legitimidade!
A bem da verdade, me deixaram saudade,
os sonhos que desfiz ... e o que não foi? ... ficou por um triz!
Daquilo que esteve à mão ... eu sem querer, cortei a raiz!
Voar rasante, pelo chão, invadir seu coração ...
Nada disso eu fiz!
Pelos caminhos do meu pensamento, eu voei. Em meus mares, caminhei sobre as águas. Pelos ares, deixei minhas pegadas. Tudo isso eu fiz, beijei você, amei você, tomei posse do seu coração.
No céu da minha cabeça, eu fiz. Fiz tudo o que quis, arranjei um jeito de ser feliz. Na cabeça, também tenho mar e chão, faço neles, tudo o que quero. Tenho até bar, de afogar minhas mágoas!
Acho que é por isso, que é possível existir saudade do que não fiz. Como a mente só sabe sentir (do que vivi ou inventei, ela não pôde saber!), em sua memória, se misturam os fatos vividos e vívidos. Por isso hoje, ela sente saudade, de tudo que a fiz sentir.
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