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CONOSCO NINGUÉM PODOSCO
Ele mesmo os faz, 'julgar' e 'aplicar'. Acumula
funções de poderes que outorgou a si mesmo! Tem a caneta, o martelo e a
forca, porque o chicote não é o bastante. Poderes? ... de seus propriamente
ditos? ... nenhum! Mas, porque assim precisa que seja,
considerar-se o supra-sumo - para 'poder tudo', auto-denominar-se 'a
referência' e ser o senhor absoluto.
Legisla sempre a seu favor é claro, usa a mesma balança,
com um prato viciado ... e antes de fazer cumprir a sentença de morte ao outro,
aplica-lhe a tortura, com prazer. Não há réu que saia ileso dessa raiva,
porque ninguém detém a razão, senão ele. É o famoso: 'conosco ninguém
podosco'. A pessoa que acredita que as consciências podem ser compradas,
em algum momento da negociação.
É assim que vive, de inventar decretos-leis, e fazer com
que sejam cumpridos, os decretos e a sua vontade, a ferro e fogo, até que
o devedor pague o último ceitil, de uma dívida hipotética, mas justíssima! ...
de acordo com a sua peculiar e tendenciosa justiça!
Aprisionado entre dois totens, rígidos e inabaláveis,
adorando a um, renegando e abominando o outro, representantes das
polaridades: sim, não, certo, errado, bonito, feio ... entre outros.
Arrota capacidade, autoridade e idoneidade que não tem,
para determinar qual é qual, depois segue em frente, sem se dar conta de suas
perdas, tendo a plena certeza de que ganha todas as contendas.
Usa como critério seus parcos conhecimentos e convicções
pessoais, arcaicas e cristalizadas.
É incapaz de arriscar um voo rasante sequer, sobre seus
instintos mais elementares, que o prendem ao chão. Como também é incapaz
de supor, que entre os dois totens, existam inúmeras e viáveis combinações de
possibilidades de vida, sucesso e felicidade, que devem ser respeitadas.
Nem cogita, de que o seu modo de vida e visão, têm o mesmo
merecimento ao sol que os demais, que devem ficar no mesmo patamar de direitos,
e o principal: que para esses quesitos não há juízes, nem 'certos', nem
'errados'.
22/04/18
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