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UM OLHAR SOBRE O COMPORTAMENTO HUMANO
AS RAZÕES DA RAZÃO
A minha parte
racional, pode até julgar que todas as minhas necessidades estejam atendidas,
num determinado momento. Mas se uma sensação me indicando um vazio, a reclamar
um complemento, que eu não sei qual é, e nem onde buscar, está presente – é
sinal de que tem coisa errada.
A ideia que me
ocorre para explicar é, que eu conheço as variáveis de uma equação, mas a conta
não fecha, o resultado não condiz com aquele a que deveria chegar. Se a
conta tem que fechar, devo rever todos os cálculos.
A razão e a
emoção são duas partes que brigam o tempo todo. Têm interesses em comum - o bem
estar e o equilíbrio da mesma pessoa, mas cada uma usa de sua linguagem
particular, desconhecida da outra. Fica
difícil um acordo entre elas.
A primeira
sempre muito eloquente, tenta convencer a segunda, de que não há razões para
descontentamento. O emocional ‘estar descontente’ é fato, e
como a emoção não é muito boa com as palavras, não pode se expressar
corretamente, pois usa de sentimentos e sensações, para os quais a razão é insensível.
Como quiserem, a razão pode enxergar mal, ou ouvir mal, o certo é que ela é
imperativa, e no meu caso despótica.
Mesmo que a
emoção se descabele, e a emoção grita a insatisfação e tortura a minha
estrutura humana, o racional não se abala - a emoção leva a pior. Eu sei
que a insatisfação é real e não inventada, que está incompleta – que deve
ser buscada.
Não estar
confortável, para mim é uma constatação de que a razão não tem toda a razão.
24/04/18
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