quinta-feira, 11 de abril de 2019

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DO SOL AO INFERNO
Perdi as contas, de quantas vezes eu subi e desci.  De quantas, derreti minhas asas, pela proximidade do sol; ou queimei os meus pés, por descer os degraus que me levaram ao inferno.

Não que acredite em inferno físico, na sua existência, como um instrumento de punição aos humanos, aos seus corpos, por faltas ou excessos cometidos, por fazerem o que não deviam, enquanto não faziam o que deveriam.  Podemos visitar o inferno, sem propriamente, descermos até ele, as nossas ações ou não ações, podem traze-lo até nós.


Humanos são humanos, é pelo corpo que acessamos a inconsciência, para chegarmos à consciência. A carne é o veículo, que temos para experienciarmos os resultados, se bons ou não, pelos acertos e erros.  O corpo é o meio e através dele, nos movemos em direção à perfeição do espírito.

A perfeição que nos cabe, não é a de’ asas e pés’, feitos de material resistente ao calor do fogo do sol ou do inferno.  Somos humanos, podemos ter asas, se quisermos, porém a altura do nosso voo, deve obedecer a capacidade de  funcionalidade e resistência, do material de que são feitos asas e pés.

As tentações tão próprias de mim, de todos nós, podem nos levar a querer sermos anjos ou demônios, eu me refiro ao orgulho, ao egoísmo, à necessidade de controle, tão próprios da natureza humana.

Nossa liberdade - o livre-arbítrio - deve transitar entre as alturas que nos permitem a nossa ‘humanidade’.  Só poderemos ir, até onde for de nossa competência, o que estiver dentro da nossa alçada, no perímetro traçado entre os limites estabelecidos por nós  e os limites que o outro nos impõe.

Mantenha-se sempre, dentro dessa circunscrição e terá asas e pés preservados.

11/04/19




asas e pés / sol e inferno = termos alegóricos
humanidade =  características da natureza humana

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