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EM TEMPOS VARIADOS
Estou aqui, a vagar pelos meus pensamentos, que me levam à ruas que nunca vi, lugares que tento reconhecer, mas é inútil.
Estranhamente, não me sinto perdido, porque as imagens que meus olhos veem, logo se modificam e se transformam em outra rua, outra praça, uma alameda, ou uma passagem estreita – num outro espaço, em qualquer continente do planeta. Acabo por me transportar a outros tempos, talvez! Sei que o tempo nem sempre é o atual, em algumas imagens, estou certo de andar por outras datas, que não a de hoje. Não há diálogos, apenas cenários, sem transeuntes. Tenho meu próprio túnel do tempo.
E que poder a mente tem! Será que ando vendo filmes demais? Será que estou lendo demais? E isso está superexcitando minhas ideias?
Acredito que deve haver uma razão, para essa minha divagação. E depois concluo - de mim para comigo mesmo - que à medida que espaireço vagabundo por aí, desconverso delirando ou fantasiando o que realmente me aflige, enquanto estou a vadiar pelos caminhos da minha própria imaginação – reconhecidamente muito adubada e fértil.
Sem saber, vou percorrendo, arejando e transpondo os meus compartimentos secretos ... a vasculhar meu acervo de mentiras e verdades, todas relativas, guardadas e escondidas, que eu sei, estão lá.
20/04/17
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