quinta-feira, 4 de abril de 2019

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UM OLHAR SOBRE O COMPORTAMENTO HUMANO
UM CONVITE À REFLEXÃO


Um recomeço é bem mais difícil do que um começo.

Ao começarmos, temos todas as nossas expectativas atuantes; as nossas reservas de paciência e esperança, intactas e em seus níveis mais altos.  Ingenuamente enganados pela nossa doce ignorância, desconhecemos as tantas variáveis envolvidas, das quais depende o desfecho positivo do nosso intento - o sucesso.

Quando recomeçamos, temos sempre 'saldos anteriores', a serem considerados, que devem ser computados pela nossa contabilidade, um tanto prejudicada.  Dúvida, medo da repetição de resultados infrutíferos, com expectativas, paciência e esperança diminuídas, alguém já disse, que os nossos monstros têm o tamanho dos nossos medos.

Embora a nossa intenção seja das melhores, nem sempre acertamos.  Sem mencionar, que carregamos também, os fatos desagradáveis, na memória dos nossos sentimentos e das nossas sensações, o que chega até doer na pele, só em pensar, passarmos por  tudo de novo.  

A vida é um sucessivo, errar, errar, errar ... por fim, acertar - então, aprendemos como se faz.  Infelizmente, nem sempre a mesma receita, pode ser aplicada duas vezes, com êxito.

Novas chances que damos, e nos damos, não significam e nem garantem, que não sofreremos pelas mesmas coisas, ou por outras novas.  As situações que enfrentamos no dia a dia, são dinâmicas, apresentam sempre novos desdobramentos, a cada escolha nossa.

Cada 'fracasso' nosso - vamos chamar assim - mina nossa confiança no acerto, porque cada vez que tentamos, conhecemos novas incógnitas, de um mesma circunstância, lembrando que um problema pode ter várias faces e fases.  

Por essa mesma razão, não há fracasso, como nós o entendemos, o que se dá, é que vamos galgando o nosso aprimoramento como pessoas de boa vontade, de degrau em degrau, passando de uma fase à outra.

Podemos garantir 'a nossa parte', mas a 'outra' - não podemos prever como vai se comportar, e convenhamos que a nossa parte é bem pequena perante o montante da questão.  Às vezes nem imaginamos com o que estamos mexendo, pode ser grande demais para nós.

Não acredito que saímos por aí, correndo atrás da felicidade, como um 'coelhinho' desesperado, em abocanhar a 'cenoura' à frente; digo que, em sã consciência, não é isso que ocorre, pelo menos para as pessoas de um nível de consciência, um pouco menos inconsciente, por assim dizer.

Acredito seriamente, que o que o almejamos, é a nossa plenitude como seres viventes, com obrigações e direitos, em equilíbrio com as forças de que dispomos. O que procuramos é estar em paz com a nossa consciência, quanto ao que podemos fazer, até onde podemos ir.  

Termos nossos sentimentos, pensamentos e atitudes em harmonia, é o que nos faz plenos. Os três alinhados, como pontos de um mesmo meridiano.  

Cabeça, coração e mãos, na mesma linha de dimensão de comprimento, ou altura, aqui no caso.  Do contrário, teremos um conflito, bem dentro de nós.

Para mim, a felicidade é apenas o resultado dessa busca, desse alinhamento - um efeito colateral seu.

04/04/19





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