quarta-feira, 24 de abril de 2019

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CASA, PÃO E ALEGRIA

O espaço de uma casa é sempre o mesmo, eu falo de suas dimensões internas. Se é assim, por que parece que algumas casas são maiores para a tristeza?  Onde não cabe muita alegria?  Eu questiono isso, porque seus moradores têm o dever de proporcionar, que ela seja festiva, sempre, com pequenas delicadezas, para que todos se sintam importantes e amados.

Alguns mimos e atenções, em tons de carinho, não deformam o caráter dos filhos, nem dos parceiros, não acostumam mal a ninguém, não estragam relacionamentos.

O que é nocivo numa relação, é quando um ‘presente’ vem tentar comprar um perdão, por algo ofensivo que se fez.  Quando quem aceita, pode não perceber a intenção oculta, mas quem dá, tem consciência da manipulação que tenta arquitetar.  O ‘presente’ vira moeda, que visa tirar o peso das costas do ofensor e que para ele, lhe garante total quitação da falta.


Nem só de pão vive o homem ... de pão, ele sobrevive.  Para viver, o homem necessita de muitas coisas não materiais.  ‘O  viver’ é exigente, na lista do que ele precisa, estão alguns requisitos indispensáveis ... e dentro de uma casa de tijolos, de madeira ou qualquer outro material, não podem faltar o respeito, o carinho além das carícias físicas, a consideração, apreço, sobretudo muita alegria!  Se isso não for encontrado no lar, onde mais poderá ser?  Apesar da procura constante, o que se procura não será encontrado, o buraco fundo e dolorido, permanecerá engolindo toda a demonstração de apreço e carinho, como um monstro de várias bocas.  24/04/19



arte | cheryl tarran

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