953
CASA, PÃO E ALEGRIA
O espaço
de uma casa é sempre o mesmo, eu falo de suas dimensões internas. Se é assim,
por que parece que algumas casas são maiores para a tristeza? Onde não
cabe muita alegria? Eu questiono isso, porque seus moradores têm o dever
de proporcionar, que ela seja festiva, sempre, com pequenas delicadezas, para
que todos se sintam importantes e amados.
Alguns
mimos e atenções, em tons de carinho, não deformam o caráter dos
filhos, nem dos parceiros, não acostumam mal a ninguém, não estragam
relacionamentos.
O que é
nocivo numa relação, é quando um ‘presente’ vem tentar comprar um perdão, por
algo ofensivo que se fez. Quando quem aceita, pode não perceber a
intenção oculta, mas quem dá, tem consciência da manipulação que tenta
arquitetar. O ‘presente’ vira moeda, que
visa tirar o peso das costas do ofensor e que para ele, lhe garante total quitação
da falta.
Nem só
de pão vive o homem ... de pão, ele sobrevive. Para viver, o homem
necessita de muitas coisas não materiais. ‘O viver’ é exigente, na lista do que ele
precisa, estão alguns requisitos indispensáveis ... e dentro de uma casa de
tijolos, de madeira ou qualquer outro material, não podem faltar o respeito, o
carinho além das carícias físicas, a consideração, apreço, sobretudo muita
alegria! Se isso não for encontrado no
lar, onde mais poderá ser? Apesar da
procura constante, o que se procura não será encontrado, o buraco fundo e
dolorido, permanecerá engolindo toda a demonstração de apreço e carinho, como
um monstro de várias bocas. 24/04/19
arte | cheryl tarran
Nenhum comentário:
Postar um comentário