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Deus me livre do vermelho enfurecido dos teus olhos. Da tua raiva desmedida. Tenho medo do que sai da tua boca. Sinto que escuto o que não é dirigido a mim - falas de ti e dos teus conflitos - enquanto canalizas a mim a tua ira, por aquilo que deixei de fazer, ou por qualquer outro motivo, me fazendo crer que sou a culpada por tua indignação e desconforto.
Cansei de viver em guerra, de hostilidades por nada,
de ser teu pára-raio, de tentar entender,
porque enquanto eu ‘entender’ ... não farás nada para mudar.
de ser teu pára-raio, de tentar entender,
porque enquanto eu ‘entender’ ... não farás nada para mudar.
Procura dentro de ti, a nascente dessa fúria, tenhas coragem
de te banhares nela, admitir que dela emanam chispas
e que se avolumam bem antes de se tornarem o rio que passa por mim.
de te banhares nela, admitir que dela emanam chispas
e que se avolumam bem antes de se tornarem o rio que passa por mim.
O que fiz foi só, espelhar e refletir,
o que queres ignorar e não aceitas como teu!
o que queres ignorar e não aceitas como teu!
Não carregarei o teu fardo, por nem mais um segundo,
entrego-te do jeito que ele é, nem maior e nem menor.
entrego-te do jeito que ele é, nem maior e nem menor.
Tu ficas com o que é teu, eu tomo o que é meu!
25/04/17
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