quarta-feira, 18 de novembro de 2015



A infelicidade necessita de um "eu", construído pela mente, que tenha uma história, uma identidade conceptual. Precisa do tempo - do passado e do futuro. E o que é que sobra quando excluímos o passado e o futuro da nossa infelicidade? Sobra o momento "que é", simplesmente.
A infelicidade pode assemelhar-se a uma impressão de peso, de agitação, de tensão, de raiva ou até mesmo de náusea. Mas a infelicidade não é isso e não é um problema exclusivo de uma pessoa. Não há nada de exclusivo, de individual, no sofrimento humano. A infelicidade consiste meramente numa pressão ou numa energia intensa que se sente algures no corpo. Ao prestar-lhe atenção, essa sensação já não pode transformar-se em pensamento nem, consequentemente, reavivar o "eu" infeliz.
Veja o que acontece quando permite que um sentimento se manifeste.
Eckhart Tolle (A Voz da Serenidade, pág. 125)

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