Um sorriso dançante no rosto
a esperança morando no peito
o amor, denunciava-se no jeito.
Mesmo o desgosto, fosse suposto
guardava o sonho na mente
pros seus dias de melhor sorte
de realizá-lo, efetivamente.
Em dias de melhor escolha
muito antes que o fim: a morte
à terra, seu corpo recolha.
Quisera ser ela, que ouve os sons
e de pronto reconhece os tons.
Ao brincar com as palavras
que lhe furtam as ideias: ladras
copiam pesar e traduzem poesia.
E por uma estranha sinestesia
ao inspirarem emoção e sentimento
expiram um profundo desdobramento.
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