14 __ ACRÓSTICO __ 09/07/15
F iquei, mas com a sensação de ter sido levada
O coração, roubou-me ... ladrão, deixei que levasse!
I nconsciente, quis e atravessou-me
U m mergulho em suas águas doces e profundas
M as se vive sem coração?
R estou-me uma parte, sobrevivi
I rrigou o solo seco, nem dei conta
O nde cortou? No meio da vida...
Q ueria que não fosse nem no meio, nem riscasse nela
U ma linha perpendicular, porque não pude segui-lo!
E nquanto deixei o sal do choro no doce de suas águas
P adeci nas corredeiras da correnteza
A rrastei de aluvião o fundo
S edimentos deixados, sentimentos foram com ele
S ubmergi, saí, mas atravessa de novo e de novo...
O uço o barulho, sinto a força de suas águas, revivo
Ú nico instante em que faço parte dele!
E a cada vez, leva mais de mim, do que restou
M odifica-me o curso, remexe-me o fundo do leito
M ove algo, que emerge
I mpele que eu corra para o mar, mas
N ão quero o mar, quero seguir o rio!
H á coisas que sinto, faço, nem sabe
A legra-me a trajetória para depois...
V iver a tristeza pela simples lembrança
I mpele que eu busque o mar
D esnorteia-me as águas, para então acalmar
A lterna-me emoções, sem de fato sair de minha vida! 02/03/07
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