É coisa antiga, que ficou perdida no sótão, no meio da poeira e do esquecimento. Deixou de existir, foi como se perdendo sua identidade, perdesse a sua importância - quando o que nos foge aos olhos, também foge ao coração.
E de pouca coragem de se mexer na bagunça, entre os apinhados, foi ficando cada vez mais atulhada, misturada às coisas sem serventia. Em algum tempo, deixou de ser vista e nem se sabia mais que estava lá.
Quando a luz entrou e bateu sobre ela, sobre seus contornos, estes puderam ser vistos, ela se viu, foi encontrada e reconhecida, em seu real valor.
Foi retirada do escuro e colocada sobre o móvel da sala, onde sempre foi seu lugar.
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