Invariavelmente, tenho duas ideias se desenvolvendo, ao mesmo tempo, na minha cabeça, às vezes, até três - é o caso deste dia. É como se dentro da minha mente, existisse uma mesa, sobre ela dispostas, folhas em branco, onde vou alternando as escritas. Ora uma, ora outra, depois outra.
E como por lá, não há nenhuma caneta, para registrar minhas ideias, de pronto, tenho que contar com a minha memória, que ela não me traia, que não se percam em descontinuidade ou sentido, as ideias - meus balões coloridos, presos por uma linha fina, seguros com cuidado, para que não voem para longe de mim.
As histórias crescem ao mesmo tempo, todas juntas. Digo histórias, porque para mim, todas são verdadeiras. Elas pedem minha atenção, são diferentes, porém, podem guardar uma certa semelhança, entre si, ou não, ou ter alguma conexão, em algum momento, ou não. Se acontecer, só fico sabendo depois, porque na hora, não identifico suas origens, nem pontos comuns.
São irmãs gêmeas, nascidas e crescidas no mesmo útero, mas que ao final, demonstram personalidades e propósitos distintos.
Minha mente é uma oficina aberta, que nunca se fecha, sempre a criar, com sua fornalha, de fato, em atividade constante.
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