Inspiro a vida que está ao redor de mim, como se inspirasse um perfume. Ela entra e desce franca pela garganta. Ao chegar no jardim da minha vida, brinca às cambalhotas, entre os galhos das arvorezinhas dos meus pulmões.
Entre o entrar e o sair do ar, no intervalo, em cada uma de suas pequenas folhas, uma misteriosa transformação se dá, a possibilidade da vida é trazida para dentro de mim, o milagre.
Retenho o ar, ainda por alguns instantes, e quando ele sai, não sai apenas pela minha boca, ou pelo mesmo lugar que entrou; eu o sinto, em parte, sair do meu peito, em forma de feixe de energia, em direção ao local de que teve origem. Eu o devolvo e posso senti-lo envolvendo a tudo, inclusive a mim. Inspiro o amor da natureza e exalo gratidão, a natureza 'entra' com o seu amor e eu, a retribuo com a minha gratidão. Isso é tudo!
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