Quando ouço que 'a dor é inevitável e o sofrimento é opcional', a minha razão entende, perfeitamente, porque é uma coisa lógica ... e tem um sentido quase que poético - 'bunito' de se falar!
Mas explicar pra a minha razão, que isso deve ser aplicado na minha vida, aí é que a coisa pega mesmo!
A dor dói por todo o corpo, inclusive na razão, né? Pelo menos até agora, foi assim que senti, doendo até na unha do pensamento.
Hoje, eu estava a pensar nisso: inevitável e evitável, obrigatório e opcional.
Eu gostaria de garantir, que a dor ficasse circunscrita ao peito, apenas, que não subisse à cabeça, que é onde mora o perigo, causando o maior estrago. Isso significa, que em algum trecho do caminho, eu devo barrar a dor, e não deixar que ela chegue lá em cima. Mas ela chega, porque o sistema de informações é perfeito, então é a razão que deve se posicionar, pois sofrer junto não resolve nada, faz aumentar a dor.
Enquanto a dor é dor, dói no corpo, é assim que deve ser. Mas onde já se viu, doer na cabeça? Tudo é ainda, muito enigmático pro meu espírito, muito embora minha razão aceite a afirmação, com certa tranquilidade.
A lógica da razão e a razão do coração, seriam coisas compatíveis, em algum momento? Razão com razão, afinal poderiam se entender, na mesma linguagem? Por que a razão teima em assumir funções do coração? Ela não foi feita pra sentir, ela foi feita só pra entender! E se a dor é, como dizem inevitável, deve conformar-se e deixar que a dor doa, apenas no peito!
Não há mérito nenhum, mas hoje falei pra mim mesma, que a dor deve ficar aqui (bati no peito), porque o sofrimento tem morada aqui em cima (apontei a cabeça) ... foi aí, que tudo começou - essa estória confusa, que quase me desnorteia.
O peito é corpo, a razão é pensamento, então pensamento não deve doer, certo? Alguém tem ai, um 'sossega mente'? ... porque eu preciso reeducar meus pensamentos, que andam um tanto pensativos demais, a fazerem conjecturas, talvez até, a colocarem o 'carro na frente dos bois', será? ... tomara que sejam só elucubrações mentais.
Na dor não se manda, mas no pensamento, podemos mandar, controlar, educar. Devo repetir isso, muitas vezes ao dia, quem sabe eu convença minha razão, de aplicar na minha vida, a resolução que ela mesma concluiu. Tenho muito exercício pela frente, gente! Porque essa tal de razão é mesmo muito contraditória, ora entende, ora não entende. E eu fico nesse, 'chove não molha', não sei como resolver este enigma, não sei como por em prática tal medida, pra preservar a minha sanidade.
Todas essas, são razões, que busquei pra convencer minha razão a ser menos sensível!
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