O tempo não tem culpa de nada
... do descanso demasiado na estrada
... da escolha porventura equivocada
se, com medo de agir
eu o deixei, por mim decidir!
O tempo nada resolve
nem uma mágoa dissolve
nem uma alegria devolve!
O tempo por si, nada apaga.
O tempo por ele, nada estraga
só marca o tempo que passa
e mostra o rosto que amassa
como cetim gasto e enrugado
... um vestido velho é aposentado
... um reconto sentido não é descartado!
Um rosto vivido e envelhecido
não tão velho, quer parecer ...
devido ao tempo, aquele bandido
roubou-me o frescor, sem eu querer!
Será que se passou o que ele marca?
Ladrão, que só deixa lembrança parca!
Olho no espelho, e vejo
o que não é o meu desejo!
Preciso foi, que eu secasse por fora
corajosa, me olhasse agora
pra chegar ao meu centro
e conhecer-me por dentro!
arte | jeremy mann
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