216 __ HISTÓRIAS DE ABANDONO E REJEIÇÃO __ 03/07/16
Como seres humanos, carregamos conosco alguns ‘sacos sem fundo’. Vou tentar explicar.
Tudo aquilo que recebemos, colocamos em seus devidos sacos: afeição, ofensa, atenção, desconsideração, reconhecimento, desqualificação, indiferença, amor ... A tendência é que os sacos de coisas ruins se encham rapidamente, porque o pouco colocado, logo atinge o limite inferior do saco, a base. Se os ‘sacos’ das coisas ruins se enchem facilmente, por que não se dá o mesmo com os ‘sacos’ das coisas boas?
Algumas pessoas parecem ter ‘sacos’ bem maiores, quando se trata daqueles destinados às coisas boas. Geralmente são as pessoas - consideradas 'pedra’ nos nossos próprios 'sacos' de coisas ruins - mais necessitadas de sempre receberem ... e receberem ... e ficarem sempre na cobrança de receber mais. Por mais que recebam coisas boas, nunca enchemos o ‘saco’ delas.
O saco nunca está cheio?
É um vazio, vindo não se sabe de onde, funcionando como um dreno, um furo no fundo do saco, que transfere para fora todo o conteúdo recebido.
O fundo do saco é falso?
Ele se expande, aumentando de tamanho indefinidamente?
O saco está trocado?
O vazio se deve a outro tipo de carência que não aquela ‘inscrita’ no saco ... e é óbvio que ele nunca ficará cheio! Ex.: à uma suposta falta de atenção ou reconhecimento, por parte dos pais ... a pessoa passará a vida toda a esperar, a exigir e cobrar ‘atenção’ dos seus amigos, parceiros, superiores no trabalho. Será um quase eterno mendigo, até identificar a sua real fonte – de onde provém a falta ... e a ‘veracidade’ dessa queixa ... aí então, e só assim, seu ‘saco’ conseguirá obter a plenitude.
Ninguém é tão prejudicado, a ponto de não conseguir nunca encher o seu ‘saco’ da afeição. Desde que os sacos estejam devidamente catalogados e ordenados, é possível sim, saber qual está completo, qual está insuficientemente preenchido e aonde procurar o que falta para enchê-lo! Muitas vezes, é necessário procurar ajuda, para identificar de que forma estamos tornando nossos ‘sacos’ rotos e impossíveis de serem preenchidos. Essa é uma tarefa quase impossível de se fazer contando só conosco mesmos!
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