1653
UMA SÓ MARGARIDA
Quebrou-se, pelo tempo de uso(?) ou pelo modo como foi
usado(!) – displicente e descuidado.
Quebrou e alguns fragmentos, de tão minúsculos viraram poeira, não se
pode reconfigurar como era antes.
Uma imagem nostálgica e craquelada surgiu, com muitos espaços
escuros – de distância e profundidade, onde a luz entra e se perde, onde não
nasce uma única margarida. Não há cola,
nem preenchimento de ouro, capaz de unir os cacos desconexos que sobraram.
arte __ ottokim
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