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ÀS MESMAS AREIAS
Das areias brancas, frias e enluaradas de azul, tiro apenas música, a cada passo que dou, elas cantam, debaixo dos meus pés, pelo atrito que fazem em minha pele. Deixarei minhas pegadas, aquém da linha desenhada pelas ondas e que separa as areias molhadas das secas.
No amanhã, poderei pisar para além da linha que hoje se desenha, ressuscitarei as conchas e as estrelas, que estiveram escondidas sob a água, pelo simples prazer de examiná-las, uma a uma, em suas cores e formatos diferentes. Enquanto estiverem nas minhas mãos, darei a elas um banho dourado, para depois devolvê-las às mesmas areias, onde gostam de ficar.
31/05/21
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