sexta-feira, 23 de outubro de 2015



A Brasileira Nise da Silveira revolucionou a psiquiatria do país, pioneira na terapia ocupacional, Nise fez seus estudos médicos na Faculdade de Medicina da Bahia e foi a única mulher numa turma de 157 alunos. Apesar de concluir os estudos na Bahia, foi no Rio de Janeiro onde estabeleceu suas raízes intelectuais e profissionais. Durante a Intentona Comunista foi denunciada por uma enfermeira pela posse de livros marxistas. A denúncia levou à sua prisão em 1936 no presídio da Frei Caneca por 18 meses. Em 1944 é reintegrada ao serviço público e inicia seu trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, no Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, onde retoma sua luta contra as técnicas psiquiatricas que considera agressivas aos pacientes.Após perceber a influencia da pintura, do desenho e da modelagem na psicologia, Nise se identificou com a obra de Jung e desde então o contato dos dois se tornou mais próximo.
Jung explicaria a Nise que as mandalas de seus pacientes eram uma reação de compensação do inconsciente ao caos que a psicose produzia na consciência.
Depois tantos contatos por cartas e conselhos de Jung para Nise, o primeiro encontro dos dois aconteceu em 1957 no II Congresso Internacional de Psiquiatria em Zurique, foi então que Nise completou sua supervisão em psicanálise Junguiana com Marie Louise von Franz, assistente de Jung, e continuou posteriormente mantendo contatos resultando assim numa amizade entre duas grandes mulheres.

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