MULHERES, LITERATURA E MAIS UMA PROVOCAÇÃO
Era novembro de 2014 quando a gaúcha Luisa Geisler, conhecida após ter levado o Prêmio Sesc de Literatura aos 19 anos e hoje autora de dois romances, afirmava no jornal fluminense O Globo que escreve “como mulher, sim”. Nesse contexto, Luisa se posicionava contra os “elogios sinceros” que costuma receber — os de que escreve como um homem.
No mesmo texto, a escritora admitia o machismo na literatura e criticava a escassa presença feminina em prêmios e antologias recentes, como a nacional Por Que Ler os Contemporâneos — Autores que Escreveram o Século 21 (ed. Dublinense). “O meio literário é machista e nada disso é consciente. Aliás, machismo dificilmente é consciente. Nunca é uma cúpula de homens rindo maleficamente e planejando: ‘vamos calar todas as mulheres por serem tão inferiores!'”, dizia Luisa, que por fim, concluía: “Não sugiro cotas. Sugiro ler mulheres, e só”.
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