sábado, 20 de junho de 2015






A aragem da manhã resfriou minha cabeça.   Eu a enfiei pela janela entreaberta, fui ver a quantas andava o clima, e pude sentir que a chuva tão esperada havia baixado alguns graus na temperatura, o suficiente para fazer o corpo querer permanecer sob as cobertas.  Mas a cabeça ordena: levanta e segue a vida. Ela não permitiu ao corpo ficar. "A necessidade faz o sapo pular"., dizia a minha avó, mas eu nem sei porque pensei nisso naquela hora!
Fiquei ali um tempo, me comunicando com um pássaro que eu não conseguia ver.  Ele piava e eu respondia entre os dentes, tentando imitá-lo.  E ficamos, ele piando e eu repetindo, na mesma quantidade de sons, e acho que nos comunicamos, até que ele bateu asas e saiu do telhado vizinho.

Só sei que eu estava fora da cama, acho que foi por necessidade mesmo.  Os pensamentos eram tantos e tão freqüentes, que espantou de vez a minha vontade de ficar.          06/11/14

Nenhum comentário:

Postar um comentário