A aragem da
manhã resfriou minha cabeça. Eu a
enfiei pela janela entreaberta, fui ver a quantas andava o clima, e pude sentir
que a chuva tão esperada havia baixado alguns graus na temperatura, o
suficiente para fazer o corpo querer permanecer sob as cobertas. Mas a cabeça ordena: levanta e segue a vida.
Ela não permitiu ao corpo ficar. "A necessidade faz o sapo pular".,
dizia a minha avó, mas eu nem sei porque pensei nisso naquela hora!
Fiquei ali um
tempo, me comunicando com um pássaro que eu não conseguia ver. Ele piava e eu respondia entre os dentes, tentando
imitá-lo. E ficamos, ele piando e eu
repetindo, na mesma quantidade de sons, e acho que nos comunicamos, até que ele
bateu asas e saiu do telhado vizinho.
Só sei que eu
estava fora da cama, acho que foi por necessidade mesmo. Os pensamentos eram tantos e tão freqüentes,
que espantou de vez a minha vontade de ficar. 06/11/14
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