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SENSOR E CENSOR
03/08/18
Seu sensor eficiente, instalado na nuca, vive constantemente ativado. Quem é que precisa ver para detectar algo, se possui um radar potente, que lhe informa a exata posição do alvo? Mesmo porque, os olhos pouco vêem - no sentido de não enxergarem o que vai dentro.
Depois de localizado o alvo, é hora de entrar em cena o censor, que caminha altivo e enérgico, com ares de importância na sua indumentária diferenciada. De pés firmes, vai em direção aos degraus, que o conservam acima dos demais.
Carrega debaixo do braço, o seu particular e taliônico código penal - com todas suas regras exclusivas e bem peculiares.
Já assentado em seu posto de autoridade, do alto de seu poder, baterá o martelo, anunciando a sentença ácida, nunca a favor de ninguém, senão a seu próprio.
Deliberando, segundo a gravidade das infrações contidas em seu livro, aplicará as sanções correspondentes aos crimes - condenará ao despertencimento merecido, e executará a sentença, ele mesmo.
Refutará qualquer ideia que não se encaixe em suas estreitas leis, relegando ao exílio, para bem longe de si - o que lhe é estranho.
Pois são seus, a caneta, o martelo e a chibata - simbolizando os três poderes.
Pois são seus, a caneta, o martelo e a chibata - simbolizando os três poderes.
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