498
EU, INSANO
08/08/17
Alguém
muito pesado e invisível parece ter se sentado sobre o meu peito e espreme tudo
por dentro, me falta ar.
Os
olhos doem nas órbitas e se fecham para controlar a dor. Não
podem permanecer assim por muito tempo, necessito deles abertos.
Os
membros se cansaram de andar longos caminhos e não chegarem a lugar
nenhum.
As
costas se ressentem dos fardos pesados – do esforço inútil que não os tirou do
lugar.
As mãos
ao contrário, estão ávidas por fazerem algo diferente.
A
cabeça ainda continua um pouco tonta, não sabe muito bem o que fazer, mas sabe
o que 'não deve repetir' – o que não me dá garantias de que não volte a fazê-lo
novamente.
Isso é
insanidade!
Nenhum comentário:
Postar um comentário