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FLOR DE OUTONO
05/08/15
Esquecida do tempo que se passara
fez, o que se destinava a fazer...
Florir!
Solitária na rama que lhe prendera,
fez o que lhe era próprio...
Derramar pelos ares seu frescor.
Desconfiadas, as borboletas vieram fazer-lhe a corte,
e estranharam que se encontrasse lá,
junto das folhagens da época...
E veio o homem, então!
E viu o quanto era bela e única...
Não pensou muito...
Fez, o que fora desnecessário fazer.
Decretar-lhe o fim,
arrancou-a do galho, ceifou-lhe a glória.
Para ela o outono morria,
questão de horas,
bem poucas,
para lamentar tão breve existência!
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