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DOIS GATOS
19/08/19
Encontre-me por aí, em qualquer uma das esquinas, que dobrarmos distraídos. Numa mesma calçada, ou na oposta, de uma rua ou avenida, indo ou voltando.
Enquanto isso não acontece, estaremos vagando, ou brincando de gato e rato? Um procura, outro se esconde, uma força de repulsão, ao final. Não. Na verdade, somos dois gatos, buscando esse momento, só que as ruas são muitas e os horários não coincidem. Ansiosos por esse acontecimento, de cedermos à força de atração ... e então ronronarmos juntos, na mesma frequência, enlaçarmos os rabos e seguirmos na mesma direção.
Quando acontecer, a trajetória particular de cada um, terá nos conduzido a um ponto em comum, onde o instante descuidado do encontro, pode proporcionar e significar o grande olhar do reencontro.
Aí então, nos perguntaríamos, por que e como não nos tenha acontecido antes? ou por que demorou?
O sol nasce para todos, a lua e as estrelas também, vêm iluminar nossos caminhos, percebamos ou não a presença deles no céu. Todos têm direito à luz, o sol nos faz olharmos para fora, a lua e as estrelas, nos fazem voltarmos para dentro. Não podemos dizer nunca, que estamos no escuro, seja ela fraca ou intensa, a luz não nos abandona nunca.
A qualquer tempo ... é tempo, há tempo de amar. Qualquer lugar ... é lugar, passível e possível de reencontro.
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