11/08/17
A vida não usa dublês, não nos consulta sobre os detalhes sórdidos a que nos submete e sem dúvida nenhuma se preocupa em colocar rimas quando conta nossa história.
As cenas de ação e perigo somos nós mesmos que fazemos. Os fatos compulsórios se apresentam a nós com autoridade, pra serem vividos e não contestados. Embora nosforcemos a encontrar alguma poesia nela – em rimas desajeitadas e ocultas – percebemos que existe apenas a realidade, com seus fatos duros e quadrados. Há momentos em que, nem todo o otimismo consegue achar esses sinais que esperamos estar escondidos, ou o propósito de tanto improviso.
Rimas e poesia, romance ... são coisas inventadas pelos homens, mostra do inconformismo que assola os corações, quando a vida se apresenta do jeito que é, apesar de esperarmos mais e fazermos por merecer algo bem diferente!
Ela não é uma narrativa romântica, as emoções ficam por nossa conta. A vida é um documentário com pessoas, locais e situações - gravada em áudios, vídeos e documentos, que comprovam a sua veracidade e cronologia.
Somos os protagonistas, mas muito longe de sermos ‘mocinhos’ ou ‘vilões’ ... invariavelmente - atuamos sem roteiro, e a impressão que temos é que, a cada ato ou cena, desenvolvemos qualidades de ‘heróis’.
Percebemos que na vida de cada um, prevalece sempre um tema especial, que se repete inúmeras vezes, do qual não escapamos, e mesmo quando nos julgamos livres ‘dele’ ... é aí que nos descobrimos mais atolados ainda!
arte | martel chapman
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