quarta-feira, 19 de junho de 2019

714 __ POR TODAS AS RAZÕES __ 19/06/18




Porque ainda somos crianças emocionais e procuramos uma mão forte, para nos ajudar a atravessar a rua.

Porque, a despeito de todos os recursos que temos, para afastarmos a insegurança, ainda somos assombrados por ela, a todo instante - com o indesejado 'improvável'.

Por quê?  Porque desenhamos a linha da nossa vida, muito acima do traço seco da realidade - e a queda é certa.

Porque caçamos água em terreno seco, depositamos nossas sementes em chão infértil.

Porque o amor que temos não basta.  Não - o tipo de amor que carregamos.

Porque apesar de toda a previdência, da qual nos cercamos, na tentativa de evitarmos qualquer erro - os fatores desconhecidos, nos colocam em solo movediço.  E temos apenas duas certezas certas: a morte e a dor - numa ordem de importância e grandeza, ... dor e morte - na sequência em que acontecem.

Os por quês, são também os porquês. A resposta está na elaboração da pergunta.  A pergunta responde a si mesma.  A pergunta, é ao mesmo tempo resposta. E as respostas geram outras perguntas.

Porque somos crianças inseguras, imaturas,  imaginativas, ignorantes e de amor imperfeito.

E crianças, buscam a segurança, o conhecimento, o amor, desenham desenhos rudimentares, que se iniciam com traços incertos e trêmulos, tendenciosos a se fortalecerem.  Mas a cada linha da vida, riscada acima do traço da realidade,  é certo que, o atraímos para cima, cada vez mais.

A cada tentativa, ficamos mais seguros, aprendemos mais das coisas e diminuímos nossa ignorância, descobrindo aos poucos e a duras penas - que o amor pode ser menos imperfeito.


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