segunda-feira, 17 de junho de 2019

989 __ SINAL E PROVA __ 17/06/19





Ao sermos feitos nesse e desse  planeta, recebemos 'de fábrica' duas asas pequeninas, das quais seguimos desconhecedores de sua existência e utilidade.

Andamos por longos anos, décadas, arrastando nossos pés, pela crosta endurecida, da mesma forma, que o verme, nela arrasta seu abdome. 

Rodopiamos, às vezes, como o inseto, que tendo, danificada uma das asas, ou mesmo que a tenha perdido, não se dá conta, e sem sair do lugar, girando em torno do seu próprio eixo, tenta desesperadamente fazer o que sempre fez - voar.

Embora estejamos sempre de posse das nossas, as duas, crescentes e se fortalecendo, agimos como se não as tivéssemos e nos debatemos, em circunstâncias idênticas às do inseto.  Nossas asas ficam sempre fora do alcance de nossa visão.

A vida e a postura constantes, de seres com pés, que se chumbam ao chão, acostumados à gravidade, a qual fomos apresentados desde a nossa chegada - não nos impede de almejarmos desprendê-los do solo.

Isso é sinal e prova de que, no nosso âmago, sabemos que somos seres de natureza alada - e não nos contentamos em não exercê-la.

Podemos voar, mas não só com o pensamento, e sim, na verdadeira intenção de deixarmos, aqui embaixo, os 'pesos',  que nos prendem à terra e que não nos pertencem.

Nossas asas, não são para salvarmos ao mundo e nem a ninguém, nem para nos colocarmos sobre todos - como super dotados.  Elas nos foram dadas, para que as fizéssemos crescer, para alçarmos voo, mais cedo ou mais tarde, nos elevando cada vez mais, em direção ao alto e à liberdade.



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