718 __ O ENCANTO DA FLORESTA __ 26/06/18
As inflorescências se esticam em busca de sol, precisam do calor e claridade, para brilharem aos pássaros e insetos, chamando a polinização.
Raízes de árvores empoleiradas nas rochas, procuram água, se curvam, enroscadas, se esgueirando para baixo, até encontrarem terra ou solo mais seguro e úmido. Raízes aéreas despontam para garantir a estabilidade do tronco principal.
Flores de espécies que vivem em terreno pobre, usam de artifícios para compensar a deficiência de nutrientes do ambiente, vitais a sua própria subsistência, tornam-se chamativas em cores, segregam substâncias perfumadas ou viscosas, que prendem os insetos que nelas pousam, e se alimentam do nitrogênio originário de seus corpos.
Onde imaginamos um flor, uma espécie apenas, como uma bromélia, pode existir um ecossistema diverso, silencioso, onde existe um reservatório de água, um criadouro para pequenos anfíbios, que lá depositam seus ovos.
A umidade das florestas, torna os cactos, mais desnecessários do seu desespero por água, porque lá eles também vivem, dependurados em outras espécies; pequenas plantas ornamentais e raras, que se agarram nos troncos nutritivos, muito longe do solo e mais próximos da claridade.
Há todo o tipo de vida, a que vemos e a que não enxergamos a olho nu, a que conhecemos sua utilidade, ou não. É da floresta que vem as ervas que nos curam, também as que nos podem matar.
O equilíbrio é vital para a continuidade da vida, quando uma espécie da fauna se extingue, perdem-se outras da mesma cadeia, há também espécimes da flora, afetados por dependerem dos que foram extintos.
Nada se perde, um animalzinho morto, uma árvore, sempre serve de abrigo ou alimento a outro tipo de vida. E a vida maior segue, silenciosa e organizada, sem a intervenção da mão humana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário