Nem no sentido de proteção ou preservação, nem na certeza de acerto. Não há prerrogativa, que nos garanta sucesso; não há obscuridade, que nos assegure um salvo-conduto; ou imaturidade que nos dê imunidade ao erro.
Desde os tempos das cavernas, depois de termos descido das árvores, é assim que tem sido, e bem antes até. Tentativa após tentativa, numa insistência quase que irracional, mas de uma certa forma muito inteligente, que tendo se colocado a serviço da evolução, não nos deixou esmorecer.
Ainda hoje é assim, continuamos no lento processo de aprendizado, não mais pela sobrevivência, mas pela procura de uma lógica, pela busca de um propósito, que agreguem sentido a tanto sacrifício e tanto empenho.
"O futuro a Deus pertence?" Não, definitivamente, acredito que a Ele tudo pertença, o passado e o presente igualmente, mais todos os outros tempos paralelos.
Conhecemos o nosso passado, apenas isso - ao presente, eu diria: ainda estamos sendo apresentados. O futuro, estamos desenhando, está em fase de esboço. Somos a criança que já sabe, que colocar o dedo na tomada, dá choque, mas seus passos ainda são incertos e trôpegos, suas perninhas precisam se fortalecer, antes que ela saiba para onde ir, de verdade.
Dessa forma, posso até considerar, o por quê do terror que me assalta, de vez em quando. É a incerteza do que virá pela frente - se a escolha é a correta, se ao final terá sido feliz, ou se o erro se mostrar tão grande, a ponto de me causar um grande prejuízo! ... Vejo crescerem aí, as bases da minha responsabilidade.
Se acertar, eu passarei a informação adiante, através do meu d.n.a., como aprendizado. Se for um desacerto, trará em mim um arrependimento, que também será passado à frente, como um sentimento de culpa talvez, mas espero que na melhor das hipóteses, seja igualmente um aprendizado a ser incorporado à informação compartilhada. Assim, meu esforço e meu sofrimento, não terão sido em vão.
De qualquer forma ... eu fiz ... eu faço e eu farei, conforme a minha capacidade de fazer - hoje, um tantinho maior do que ontem, com um resultado, um tantinho melhor do que antes. O certo é, que com medo, ou sem medo, eu vou adiante - errando, errando, e acertando - assim foi e sempre será ... será?
Quem sabe, quando eu souber de todas as possibilidades, todas mesmo, eu conhecer todas as escolhas e aonde elas vão dar ... onde cada passo, vai me levar ... certamente terei mais competência e propriedade, para escolher o caminho a ser seguido. Por enquanto, minha visão ainda é muito obtusa.
arte | tamypu
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