Sou poeta sem escola
um mágico sem cartola.
Sem casaca, sem palco
para o drama que recalco.
De onde tirar o coelho?
Eu só tenho um espelho
para ver em meu rosto
um desgosto exposto.
Tenho também a lua
tenho ainda, a rua
e a vontade de quem lê
de quem lê e crê
numa dor que não se vê!
O mágico requer atençãoo poeta, mera devoção.
Um, faz ilusionismo
outro é protagonismo.
O mágico apenas ilude
o poeta, ao seu drama alude!
Eu lhes contarei um segredo
... e que a estória se conduza.
A verdade, não se recusa
mas ela escolhe seu enredo.
O líquen cresce em silênciovagaroso e escondido.
Meu querer, tiro e vivencio
do meu peito oprimido!
escola - movimento literário
protagonismo - representação do figurante principal
alude - cita, refere-se
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