O lado reverso é revirado. Do avesso, o inconfesso, é tirado. Preciso ordenhar leite da pedra dura. Da alma impura, ainda que eu rejeite, sai grossa gosma escura. É um susto a cada espremida, quando ela se vê comprimida e espirra longe - é outro custo, que seja a gosma despoluída. E eu que não sou nenhum monge e estou longe de ser, a primeira coisa que se suja, é o meu velho e cansado hábito. Tento refazer-me com menos débito, procuro perfumar o meu hálito, com palavra livre de peso, e assim livrar o meu rabo preso. Mas como disse, não sou santo, nem pretendo ser, aliás, não possuo manto, nem quero ter. Trago as mãos lambuzadas de sangue. De quem? ... ninguém distingue. É seu, mas sem dúvida, também é meu!
sexta-feira, 7 de junho de 2019
980 __ NEM MONGE, NEM SANTO __ 07/06/19
O lado reverso é revirado. Do avesso, o inconfesso, é tirado. Preciso ordenhar leite da pedra dura. Da alma impura, ainda que eu rejeite, sai grossa gosma escura. É um susto a cada espremida, quando ela se vê comprimida e espirra longe - é outro custo, que seja a gosma despoluída. E eu que não sou nenhum monge e estou longe de ser, a primeira coisa que se suja, é o meu velho e cansado hábito. Tento refazer-me com menos débito, procuro perfumar o meu hálito, com palavra livre de peso, e assim livrar o meu rabo preso. Mas como disse, não sou santo, nem pretendo ser, aliás, não possuo manto, nem quero ter. Trago as mãos lambuzadas de sangue. De quem? ... ninguém distingue. É seu, mas sem dúvida, também é meu!
O lado reverso é revirado. Do avesso, o inconfesso, é tirado. Preciso ordenhar leite da pedra dura. Da alma impura, ainda que eu rejeite, sai grossa gosma escura. É um susto a cada espremida, quando ela se vê comprimida e espirra longe - é outro custo, que seja a gosma despoluída. E eu que não sou nenhum monge e estou longe de ser, a primeira coisa que se suja, é o meu velho e cansado hábito. Tento refazer-me com menos débito, procuro perfumar o meu hálito, com palavra livre de peso, e assim livrar o meu rabo preso. Mas como disse, não sou santo, nem pretendo ser, aliás, não possuo manto, nem quero ter. Trago as mãos lambuzadas de sangue. De quem? ... ninguém distingue. É seu, mas sem dúvida, também é meu!
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