Desço ao fundo, levanto a ponta do pano que recobre a minha essência. Sem posses, adornos, ou individualidade, nada que me diferencie, além de um simples nome.
Acesso a minha humanidade, com toda a fragilidade e impermanência do meu ser. Nunca me senti tão igual a qualquer outro vivente.
Ah! Como sou suscetível a todo tipo de fraqueza e miséria! ... Sujeita à caridade humana, para me aliviar o fardo. Constato a interdependência entre os seres.
Quase posso tocar de leve, o ponto de minha dor, a sua, a mesma que nos coloca a todos, num mesmo patamar.
COMENTÁRIO:
A dor que o nosso sistema nervoso capta é comum a todo ser humano. Às vezes, o acolhimento vem de pessoas das quais nem imaginamos que viria, e quantas outras vezes vem de estranhos, que não tinham nenhuma ligação conosco, e jamais nos veremos novamente. Agradeço do fundo da alma, a generosidade gratuita e incondicional a mim dispensada, e espero que o universo abençoe quem me acolheu.
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