608 | DE PLUMAS E VENTO | 24/01/18
Não temes monstros marinhos!
Podes com todos os males!
Correrás por todos os vales!
Só não podes, com teus burburinhos
que preferes silenciar
e aprisionar, sem voz, quietinhos
... de dores a gerenciar
... de modos, a reparar!
Te tornas, o elo mais fraco
quebradiço e feio.
Guardas no fundo do saco
as mazelas que adornas
de plumas e vento, como recheio.
São águas mornas
que não servem de esteio.
Aos nervos enfermam
e frias retornam.
Assim se rompe a corrente
e toda a confiança inerente!
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