349 | SOTURNA | 22/01/17
Sei agora,
quanto dói uma saudade!
Já não tenho
mais idade,
de cometer um
desatino
e de pensar
não ‘cometê-lo’ ...
(medo de achar
no ovo, mais um pelo!)
a um bem maior * ...
eu me destino:
de marcar a
minha sorte,
com tristeza,
amargura e morte!
Tive a dor
alimentada
e de tão
fortificada ...
de tamanho,
ela aumentou!
Se multiplicou!
Tive o medo,
entrincheirado ...
e que de tão
acuado ...
mais raivoso
ele ficou!
Tive a fome
agasalhada,
enganada,
procrastinada ...
que
desesperada, ela correu
e a mim que
sou a dona, ela comeu!
* desatino
foto | thomas devaux
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