80 | NADA MAIS | 19/01/16
O poeta é fingidor
grandessíssimo ladrão
rouba a cena de ator
e foge como um cão.
Um autêntico golpista
coadjuvante e secundário
ofusca o protagonista
nada mais que um otário.
De um modo natural
soma ao texto original
coisas suas e inventadas
às plateias encantadas.
Sem saber, vai enganando
falso, a todos e a si mesmo
rumo ao fundo do abismo
mal sabe que vai morrendo.
De tristeza que não é sua
e da alegria que leva à rua
um pulmão se-lhe inflama
e pensa que faz a fama.
Nada mais do que falsário
sofre por si, um calvário
da mentira que proclama
à verdade que leva à lama.
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