96 | PROSA E POESIA | 29/01/16
É pincel e tinta nas mãos
vivifica as cenas que já estão desenhadas
nas cores que precisar!
É ela que registra a agonia do sonho
que resiste à própria morte [sua recusa]
que se preciso - vai ao povo e grita:
seus motivos e razões [sua defesa]
pra viver um pouco mais!
Ela me conserva a sanidade
quando despressuriza o desespero.
Imortalizo o luto que é imortal!
Se perco a linha do bom senso é porque sei
que sou a voz dos que não tem voz!
Todos os sentimentos estão guardados
em seus devidos compartimentos
atrelados às suas respectivas emoções
e palavras representativas
até que sejam ordenadas
e ganhem um sentido.
A cadência das palavras
é musica em meus ouvidos,
é remédio pra dor que dói,
analgésico mas não a cura...
Ao vício do qual sofro
não sou imune e também não fico impune
quando me demoro em registrar as idéias
que fazem arder a mente
obsessivamente
até que eu, compulsivamente
me deixo conduzir pela força das palavras!
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