quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

96 | PROSA E POESIA | 29/01/16





É pincel  e  tinta  nas  mãos 
vivifica as cenas  que  já estão desenhadas 
nas cores  que  precisar!

É ela que  registra  a  agonia do sonho 
que resiste à própria morte [sua recusa]
que se preciso - vai ao povo e grita:
seus motivos e razões [sua defesa]
pra viver um pouco mais!

Ela me conserva  a  sanidade 
quando  despressuriza  o desespero.   
Imortalizo o luto que é imortal!
Se perco a linha do bom senso é porque sei  
que sou a voz dos que não tem voz!

Todos os sentimentos estão guardados
em seus devidos compartimentos
atrelados às suas respectivas emoções
e palavras representativas
até que sejam  ordenadas
e ganhem um sentido.
A cadência  das  palavras  
é musica em meus ouvidos, 
é remédio  pra dor que  dói,  
analgésico mas não a cura...
Ao vício do qual sofro
não sou imune  e  também  não fico impune
quando me demoro em registrar as idéias
que fazem arder a mente
obsessivamente
até que eu, compulsivamente
me deixo conduzir pela força das palavras!


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