1111 | PRISMA E LUZ | 13/01/20
As emoções que sentimos, as quais não reconhecemos como 'sentidas' por nós, alteram a nossa forma de interpretação, dos fatos que nos acontecem e nos tocam de uma maneira particular. São como lentes de refração de óculos, inadequadas - que distorcem uma imagem; bem como podem ser aparelhos auditivos, desregulados - prejudicando a comunicação; ou ainda podem provocar em nossa pele, uma sensação aumentada ao toque suave, até uma sensação indolor a algum golpe contundente.
Se existe um conflito, ao qual não demos voz, guardado lá no fundo - de propósito, escondido - com muitas tralhas em cima dele: emoções doloridas, lembranças sofridas - pra que não seja visto, pra que não tenhamos que olhar pra ele ... é ele quem rouba a cena de toda situação, quando julga, que venha a lhe dizer respeito, tomando tudo como 'pessoal'. É pra ele que se direciona o foco luminoso, passando a ser o nosso ponto nevrálgico e a rachadura da nossa armadura - personificada, então, no bicho acuado e feroz, mantido aprisionado por muito tempo, que se rebela e reclama atenção.
Estaremos enxergando a vida, sob um prisma defeituoso, que pode decompor e distorcer, a mais pura e branca luz, em cores não verdadeiras.
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