segunda-feira, 1 de julho de 2019

1004 __ ALÉM E AQUÉM __ 01/07/19





Ainda falta muito, muito mesmo.  A ser 'feito', ou 'modificado', a ser a 'descoberto' e colocado 'sob análise'.

Ainda não sabemos com certeza, o quê ser feito, ou o quê ser modificado, apenas temos uma pequena noção do que nos incomoda, ou uma profunda certeza do que nos agrada. 


O que encobre o que não vemos, não é um véu, e sim um grosso manto, pesado e escuro, que não deixa passar a luz e impede que se veja a real profundidade, onde moram aninhadas, as coisas até agora obscuras.  Nossa visão não alcança senão, o que consegue ver, por ora.  Será preciso que melhoremos a sua acuidade, antes que possamos ver o que precisa ser visto, para depois nos livrarmos do que não serve mais, porque já terá cumprido o seu papel.  Como quem precisou ficar doente, para apreciar a saúde.


Acredito que chegamos muito longe, no sentido de devassarmos nossas fronteiras externas, para além do homem, o planeta, este universo e outros - rumo ao infinito.


Quando se trata de nossas fronteiras internas - para aquém do homem, no sentido do que está dentro dele, dos sentimentos e emoções, nos dirigindo e escravizando - me dou conta de que nesse quesito, nos encontramos muito atrasados.  Somos ainda, muito mais instinto, do que gostaríamos de admitir.  Impulsos naturais e inconscientes a nos guiarem, desligados da razão, que nos trouxeram até aqui, e a eles somos gratos por isso - mas há vezes em que são cavalos cegos que nos guiam rumo ao precipício.


Por medo ou por ignorância mesmo, por nos faltarem mecanismos ou ferramentas, pela simples limitação dos sentidos ou da inteligência - por tudo isso ... deixamos de percorrer os caminhos, que precisam ser percorridos - para pelo menos, equipararmos as duas distâncias:  aquela  percorrida entre o homem e o infinito - o que  está fora ... e o que está dentro -  a que deve ser percorrida entre a nossa pele em direção ao nosso âmago, ou cerne, ou essência, ou núcleo, ou como queiram chamar 'o centro do homem'.  Tenho certeza,  de que quando chegarmos nele, ainda haverá, uma inimaginável extensão, diante de nós, a qual devemos devassar e torná-la pavimentada.



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