567 | CASARÃO | 14/11/17
O
casarão se erguia sobre a relva fresca.
Querendo
parecer de pedras cor de cimento, tinha sido colocado lá, como uma única peça -
um bloco só - recortado de uma revista ou feito de biscuí.
Era
um prédio de dois andares, imponente, uma pequena varanda e sótão.
Os
detalhes eram minuciosos, dois vasos antes de uma escada de três degraus, porta
dupla, janelas em arco, sem parapeito, fechadas e com cortinas de renda sem
mostrarem o interior.
Ao
redor, alguns pinheiros, dando uma sugestão de realidade.
Na
dúvida, entre ser ou não; abre-se a porta dupla e por ela sai, um homem;
pode-se ver que alguém atrás da porta, se despede educadamente, mas ao estilo
inglês, sem demonstrações calorosas.
Esse texto teve origem quando assistia ao seriado 'Alias Grace', em que aparece um casarão parecido com o que descrevo. Impossível achar uma ilustração de acordo, bem que tentei. Ao final, escolhi essa de Amanda Cass, com uma mulher sonhadora.
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