quinta-feira, 7 de novembro de 2019



303 | DESAFIOS | 07/11/16

Os fantasmas dos quais eu fujo, são os mesmos, que vêm me encontrar na umidade das florestas escuras ou na aridez dos desertos iluminados.

Alguns são como jogos de sete erros, outros camuflam sua aparência, como nos desafios para encontrar uma face no meio de uma paisagem.  Os erros estão ali, a serem achados; as faces, às vezes, podem estar com cara ‘não tão humana’ e com musgo incrustado nelas.

Estejam eles, entre os caules assustadores das árvores retorcidas, folhagens ou debaixo das areias, como bichos de sangue frio - eles estão - meio escondidos, meio que querendo serem descobertos, brincando de ‘pique’ comigo!

Todos eles são a ‘ervilha’ no meu colchão, como no conto da princesa, que não consegue dormir, porque a ‘ervilha’ incomoda seu sono.

E a mim, não me deixam ter uma 'noite' plena, sempre relembrando-me de suas existências, de que são meus companheiros!

São uma versão contemporânea do bicho papão, que teve coragem de sair de debaixo da minha cama para ganhar a minha consciência!

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