301 | UMA MANHÃ | 07/11/16
A manhã se arrasta preguiçosa.
Atípica pela preguiça, por estar mais fria e escura do que o normal para o mês.
As pessoas demoram-se um pouco mais na cama.
Há um silêncio, no mínimo curioso, no ar!
O vizinho varre vagaroso, o quintal da única casa que se manteve às antigas.
Provavelmente, os mais velhos da rua, ele e a sua casa.
Eu estou à janela apreciando a calma – que não condiz com a vida que levamos – corrediça, cansativa e desesperada,
que come o nosso ‘agora’.
Sempre com um pé ou os dois, no dia de amanhã, não respiramos direito, nem aquietamos nossos espíritos para reter o que nos acontece no momento!
Preferimos, a saudosidade a posteriori, aos bons momentos vividos em tempo real!
É por isso que, quando uma manhã amanhece preguiçosa, mesmo para um sábado, nos faz parecer que seja ‘atípica’!
Parece que ela é a errada, parece que ela é quem está em desacordo com a nossa pressa!
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