É preciso sermos honestos connosco próprios para percebemos se ainda guardamos mágoas, se ainda existe alguém na nossa vida a quem não tenhamos perdoado totalmente: um «inimigo». Se este for o seu caso, é necessário tomar consciência da mágoa tanto a nível dos pensamentos como das emoções; ou seja, é preciso ter consciência dos pensamentos que alimentam a sua mágoa e das emoções que os acompanham, da resposta do seu corpo a esses pensamentos.
Não tente libertar-se da mágoa. Tentar libertar-se, tentar perdoar, não funciona. O perdão acontece naturalmente quando se apercebe de que o único intuito do perdão é reforçar uma falsa noção de identidade, ou seja, manter o ego no seu lugar. O momento em que se apercebe disto é um momento de libertação. O ensinamento de Jesus que dizia «Perdoa os teus inimigos» refere-se essencialmente à destruição de uma das principais estruturas egóicas da mente humana.
O passado não tem poder para o impedir de estar presente agora. A única coisa que o pode impedir de estar presente agora é a sua mágoa em relação ao passado. E o que é uma mágoa? É a bagagem de antigos pensamentos e emoções.
Eckhart Tolle (Um Novo Mundo, pág. 59)
Provas irrefutáveis da imortalidade
Se tal coisa existe, a «minha vida», isso quer dizer que eu e a vida somos duas coisas separadas e, por isso, eu também posso perder a minha vida, o meu tesouro imaginário. A morte torna-se uma realidade aparente e uma ameaça. As palavras e os conceitos fragmentam a vida em segmentos separados que não contém qualquer realidade. Podemos até afirmar que a noção da «minha vida» é a ilusão original da separação, a génese do ego. Se eu e a minha vida somos duas coisas diferentes, se eu estou separado da minha vida, então estou separado de todas as coisas, de todos os seres, de todas as pessoas.
Mas como posso eu estar separado da vida? Que «eu» poderia existir separado da vida, separado do Ser? É totalmente impossível. Portanto, não existe tal coisa como a «minha vida», e eu não tenho vida. Eu sou a vida. Eu e a vida somos um só. Não pode ser de outro modo. Então como poderia eu perder a minha vida? Como posso perder algo que á partida não é meu? Como posso perder algo que Eu Sou? É impossível.
Eckhart Tolle (Um Novo Mundo, pág. 109)
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