quinta-feira, 17 de dezembro de 2015









Neste instante, esteja você onde estiver, há uma casa com o seu nome. Você é o único proprietário, mas faz tempo que perdeu as chaves. Por isso, fica de fora, só vendo a fachada. 

Não chega a morar nela. 

Essa casa, teto que abriga suas mais recônditas e reprimidas lembranças, é o seu corpo.
“Se as paredes ouvissem...” Na casa que é o seu corpo, elas ouvem. As paredes que tudo ouviram e nada esqueceram são seus músculos. 

O corpo nunca esquece o que aconteceu.

Na rigidez, retração e dores dos músculos, membros, ossos, diafragma,orgãos e etc, está escrita toda sua história, do nascimento até hoje.

Desde os primeiros meses de vida, você teve que reagir a pressões familiares, socias, morais: ande assim, não se mexa, tira a mão daí, fique quieto, faça alguma coisa, vá depressa, onde você vai com tanta pressa?, isso não se faz, e atrapalhado, você dobrou-se como pode. 

E para conformar-se, você se deformou. Seu corpo de verdade, harmonioso, dinâmico e feliz por natureza foi sendo substituído por um corpo estranho, tenso e muitas vezes dolorido.

Liberte-se da programação de seu passado, nunca é tarde demais!

___ Thérèse de Bertherat

Fotografia: David Uzochukwu

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