quinta-feira, 17 de dezembro de 2015


A MEMÓRIA E A CONSCIÊNCIA MORAL

Durante o sono o homem está entregue ao cosmo. Leva a ele o resultado de vidas anteriores, que possui ao descer do mundo anímico espiritual ao mundo terrestre. Durante o estado de vigília, ele priva o cosmo desse conteúdo de sua entidade. A vida entre o nascimento e a morte decorre nesse ritmo entre entregar-se ao cosmo, e subtrair se a ele. Durante o estado de sono é gravado o conteúdo moral do mundo no corpo astral e no Eu. Tudo o que acontece durante o sono do indivíduo, em âmbito cósmico, tem realidade moral e não se parece de maneira alguma com os processos da natureza.
Rudolf Steiner - Goetheanum, fevereiro de 1925


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[                            LIMITES NA EDUCAÇÃO                               ]

Por limites é um ato de amor… Padrões de comportamento, desenvolvimento social, inibição dos impulsos e anseios não se desenvolvem sozinhos. É preciso ensinar tudo isso à criança. E, não é nada fácil desagradá-la, frustrá-la, impedi-la, mas essa é a função dos pais: a de dar um “norte”, um rumo, um leito seguro e um solo firme porque na vida tem-se que estar seguro e confiante para poder enfrentar todas as vicissitudes que por ventura surgirem. Muitos pais têm dificuldades de impor limites aos filhos porque eles próprios não os têm. Bebem e comem demais, correm demais, vêem televisão demais, trabalham demais, consomem demais, estão “plugados” na mídia demais, etc. Também, muitos pais não dão limites por culpa de não estarem mais presentes na vida dos seus filhos e acham que se os repreenderem serão menos amados por eles. Mas, uma coisa é certa: se os pais não derem limites aos seus filhos, não se ocuparem efetivamente da educação deles, outros se ocuparão em fazê-lo, como os programas de televisão, os videogames, o consumismo, as más companhias etc. Afinal, o filho é de quem?
Pilar Tetilla Manzano Borba


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A APARENTE EXTINÇÃO
DO CONHECIMENTO ESPIRITUAL NA ÉPOCA MODERNA




O conhecimento deixou de interessar-se por grande parte da vida anímica humana. Ele queria pesquisar a relação entre o homem e a existência quando esta dirige seus sentidos e sua inteligência crítica à “natureza”; não queria mais ocupar se com o que o homem desenvolve como relacionamento com o mundo espiritual, quando usa sua capacidade de percepção interior a exemplo de seus sentidos. Resultou dai a necessidade de relacionar a vida espiritual dos homens não com a cognição do presente, mas com tradições e conhecimentos válidos no passado. A vida anímica humana ficou cindida. De um lado, o homem tinha diante de si o conhecimento da natureza que ia evoluindo, desabrochando na atualidade viva. De outro, vivenciava uma relação com o mundo espiritual que resultava de conhecimentos acumulados no passado. Essa vivência ia perdendo toda noção de como o conhecimento se realizava no passado. Existia a tradição, mas faltava o caminho pelo qual as verdades acumuladas tinham sido conhecidas. Existia apenas a possibilidade de se acreditar na tradição.
Rudolf Steiner – Goetheanum, março de 1925

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WALDORF - ENSINO E APRENDIZAGEM

PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA


"Se a criança é capaz de se entregar por inteiro ao mundo ao seu redor em sua brincadeira, então em sua vida adulta será capaz de se dedicar com confiança e força a serviço do mundo."
Rudolf Steiner

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QUATRO CONTRIBUIÇÕES ESSENCIAIS PARA O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO ARTÍSTICO DA CRIANÇA


"Imagine uma criança em pleno processo de desenvolvimento, pois bem, ela saboreia incansavelmente tudo aquilo que vê. Esse processo de “saboreamento” é o mesmo que de aprendizagem… Pais, professores e gestores de escola que se preocupam com a aprendizagem artística das crianças valorizam os espaços que promovem essas linguagens (artes, música, dança, festas populares, visitas a museus, etc.). Para o psicólogo Gardner em suas diversas linguagens, nota-se a necessidade do estímulo para que cada pessoa desenvolva suas competências seja no âmbito de produções artísticas e ou matemática (exatas)."
 Danilo Silva Filho


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HOMENS QUE NÃO SE CONHECEM A SI MESMOS


“Não é pelos avanços da ciência que compreenderemos o homem em sua integralidade. O código genético, por mais avançado que esteja em estudos magistrais, não elucida de modo convincente o homem em sua essência; ajuda em parte; outras vezes, dificulta a abordagem mais ampla sobre ele: um ser dotado de corpo, alma e espírito.
Não aceitando o espírito, eles não podem procurá-lo em nenhuma situação, e por nenhum meio. O homem , todavia, é um ser espiritual dotado de corpo, alma e espírito. Torna-se um ser livre e passa a conhecer-se a si mesmo em plena liberdade, somente depois de um longo caminho de esmerado aperfeiçoamento anímico-espiritual: esforços e méritos próprios são virtudes imprescindíveis, que o capacitam nesta grande empreitada.
O “ conhece-te a ti mesmo” de Sócrates não vive, de modo algum, no coração dos homens que rompem as barreiras do espaço sideral: Trazer novos conhecimentos para a Terra, sanar os males que afligem a Humanidade, superar modelos , acrescentando novas e ricas tecnologias promissoras de vida são alguns dos pontos fundamentais da busca do homem contemporâneo por uma verdade que estaria fora da Terra ; até hoje os conteúdos trazidos do espaço não conseguem mitigar nossa fome, nem saciar nossa sede por dias melhores.”
Gildo Oliveira


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AS FORÇAS DA VIDA ATUAM NA INFÂNCIA




“O movimento é a fonte de vida da criança pequena (0 a 7 anos), o qual é alimentado pelas circunstâncias externas e pela fantasia que brota da sua alma. Por este motivo, a criança “dá” vida e põe em movimento, inclusive, o que é morto ou imóvel. A criança apreende, constrói seu conhecimento por meio da ação do corpo de forma sensata, quando imita o que vivencia em seu redor. Ela apreende da vida de maneira direta, porque “sabe” imitar. Pois a criança se vivencia como alguém que é “todo” ao seu redor. Ela não diferencia os reinos animal, vegetal e mineral, tudo é vida. São as forças da vida opostas às forças da morte. E, graças ao interagir das duas forças, o aprendizado para a vida na Terra se efetiva na primeira fase da vida, até mais ou menos a troca dos dentes, por meio do dom da imitação, da total entrega e confiança no agir dos próximos. A relação com esse mundo ainda não se realiza por meio do raciocínio, da reflexão e da reação consciente. O “todo”, sendo o ponto de referência, a verdadeira experiência do “eu sou”, é mais um “nós somos”. Por isso a criança faz, imita inconscientemente.”
Leonore Bertalot


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